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Vaginite aeróbica: inflamação que merece atenção

Nem toda vaginite é causada pelas mesmas bactérias. A vaginite aeróbica é um exemplo de infecção que merece atenção especial.

Milena Moraes


Por Mirela Scariot

Cientista de Alimentos, Dra em Ciência dos Alimentos pela e UFSC Product Owner na BiomeHub.



Neste postblog será abordado:


 

mulher com desconforto abdominal causado por intelorancia a histamina

O que é Vaginite aeróbica?

A saúde íntima feminina envolve diversas condições que podem impactar significativamente a qualidade de vida. Uma dessas condições, pouco falada e muitas vezes confundida, é a Vaginite aeróbica. Embora apresente sintomas semelhantes à Vaginose bacteriana, a Vaginite aeróbica é causada por microrganismos diferentes e pode não responder aos mesmos tratamentos.


A vaginite aeróbica é uma inflamação vaginal caracterizada por:


  • Redução ou ausência de Lactobacillus, essenciais para a manutenção da saúde vaginal.


  • Predomínio de bactérias entéricas aeróbicas (necessitam de oxigênio para sobreviver e se multiplicar), como Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Streptococcus sp., Enterococcus faecalis, Klebsiella spp. e Acinetobacter spp.


Diferentemente da Vaginose bacteriana, que é causada pelo aumento de bactérias anaeróbias (vivem e se proliferam em ambientes com pouco ou nenhum oxigênio) como Gardnerella vaginalis e Prevotella spp., a VA requer tratamentos específicos para as bactérias aeróbicas.



 

Quais são os sintomas?

Os sintomas da VA podem ser parecidos com os de outras condições, como vaginose bacteriana ou tricomoníase, tornando o diagnóstico clínico um desafio. Em alguns casos, a VA pode até ser assintomática. Quando presentes, os sintomas incluem:


  • Aumento da secreção vaginal, frequentemente purulenta, com coloração amarelada ou amarelo-esverdeada;


  • Secreção vaginal com ou sem espuma;


  • Secreção vaginal com odor desagradável (teste negativo de KOH);


  • Aumento do pH vaginal


  • Disúria (dor ao urinar) e dispareunia (dor durante a relação sexual).



Em casos graves, a VA pode evoluir para a Vaginite Inflamatória Descamativa - condição na qual observa-se a presença de corrimento de longa duração em grandes quantidades, acompanhado de intenso desconforto (dor, queimação, ardência) e lesões na mucosa genital observadas durante o exame ginecológico.


 
mulher com a mão na barriga

Complicações da Vaginite aeróbica em gestantes

Se não diagnosticada e tratada corretamente, a VA pode causar complicações graves na gravidez, como:


  • parto prematuro;


  • ruptura prematura de membranas;


  • Infecções fetais, que podem colocar a saúde do bebê em risco.


 

O diagnóstico correto é essencial

O diagnóstico da VA é um desafio, pois os sintomas podem ser confundidos com outras condições. Exames laboratoriais, como o BIOfeme que analisa a composição completa da microbiota, são essenciais para identificação correta dos microrganismos.


O tratamento é personalizado, direcionado para os microrganismos aeróbicos identificados. Converse com seu ginecologista e conheça como os exames ajudam a identificar a vaginite aeróbica. Ficou com alguma dúvida? Nossa equipe está aqui para ajudar! Entre em contato conosco.



 

Referências:

DONDERS, G.G.G., et al. Aerobic vaginitis: no longer a stranger. Research in Microbiology, 2017. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28502874/ 


HAN, C., et al. Diagnostic and therapeutic advancements for aerobic vaginitis. Archives of Gynecology and Obstetrics, 2014. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25367602/ 


KAAMBO, E., et al. Vaginal Microbiomes Associated With Aerobic Vaginitis and Bacterial Vaginosis. Frontiers in Public Health, 2018. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29632854/ 


LEV-SAGIE, A., et al. The Vaginal Microbiome: II. Vaginal Dysbiotic Conditions. Journal of Lower Genital Tract Disease, 2022. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34928257/ 


LINHARES, I.M., et al. Vaginites e vaginoses. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 2018. (Protocolo Febrasgo – Ginecologia, nº 24/ Comissão Nacional Especializada em Doenças Infectocontagiosas).


MA, X., et al. The pathogenesis of prevalent aerobic bacteria in aerobic vaginitis and adverse pregnancy outcomes: a narrative review. Reproductive Health, 2022. https://reproductive-health-journal.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12978-021-01292-8 


QI, W., et al. Recent advances in presentation, diagnosis and treatment for mixed vaginitis. Frontiers in Cellular and Infection Microbiology, 2021. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fcimb.2021.759795/full 

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