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Faecalibacterium prausnitzii: a bactéria chave para a saúde intestinal

Apesar do nome complicado, essa bactéria é uma das maiores aliadas da saúde intestinal. Descoberta em 2002, está entre as três espécies bacterianas mais abundantes no intestino de indivíduos saudáveis. Mas por que ela é tão importante? Neste post, vamos explorar as características dessa bactéria, seus benefícios, e como promovê-la na microbiota intestinal.

Milena Moraes


Por Sabrina Reis

Nutricionista, PhD e Especialista de Produto na BiomeHub.




Neste postblog será abordado:


 

mulher com desconforto abdominal causado por intelorancia a histamina

O que é Faecalibacterium prausnitzii?

Faecalibacterium prausnitzii é uma bactéria benéfica, gram-positiva, comensal, em forma de bastonete, que vive no intestino grosso. Ela pertence à família Oscillospiraceae (filo Firmicutes) e é extremamente sensível ao oxigênio.


Essa bactéria é conhecida por produzir butirato, um ácido graxo de cadeia curta essencial para a saúde intestinal. Abundâncias reduzidas de F. prausnitzii são observadas em pacientes que sofrem de diversas condições e doenças, como Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), Síndrome do Intestino Irritável (SII) e câncer colorretal (CCR).


 

Por que essa bactéria é importante?

Nos últimos anos, a Faecalibacterium prausnitzii tem sido reconhecida como um importante indicador da saúde intestinal. Pesquisas mostram que níveis saudáveis dessa bactéria estão associados a vários benefícios:


  • Fortalecimento da barreira intestinal: F. prausnitzii é uma bactéria consumidora de acetato e produtora de butirato. O butirato é um ácido graxo de cadeia curta, produzido por meio da fermentação da fibra alimentar e desempenha um papel essencial na saúde do intestino. Ele atua como fonte de energia para as células do intestino, modula o estresse oxidativo e a inflamação, e auxilia na manutenção da homeostase intestinal.


  • Redução da inflamação: além do butirato, a bactéria produz compostos como ácido salicílico, ácido chiquímico e a proteína MAM (Molécula Anti-inflamatória Microbiana), que ajudam a regular a inflamação no intestino.


 

Probióticos de nova geração

Faecalibacterium prausnitzii é considerada um probiótico de nova geração (NGP), indo além dos probióticos tradicionais como Lactobacillus e Bifidobacterium. Esses novos probióticos são geralmente isolados do microbioma intestinal humano e possuem funções mais específicas e avançadas para a promoção da saúde. Além da Faecalibacterium prausnitzii, outra espécie se destaca pelo grande potencial: Akkermansia muciniphila.



Porém, devido à sua sensibilidade ao oxigênio e dificuldade de cultivo, mais avanços científicos são necessários para viabilizar o uso de probióticos de F. prausnitzii.

 

Como aumentar a abundância de Faecalibacterium prausnitzii?

Desenho de intestino e pílulas

F. prausnitzi é uma bactéria sacarolítica, ou seja, obtém a maior parte da energia a partir de carboidratos não digeríveis, como por exemplo as fibras alimentares. Algumas estratégias nutricionais parecem promissoras:


  • Oligossacarídeos


  • Galacto-oligossacarídeos


  • Frutooligossacarídeos


  • Psyllium


  • Chá verde


  • Alimentos fermentados


 

Como identificar Faecalibacterium prausnitzii no intestino?

A identificação de Faecalibacterium prausnitzii na microbiota intestinal pode ser feita através do sequenciamento de DNA das fezes, como os exames PRObiome e PRObiome Plus. Essa informação pode então ser correlacionada com os dados clínicos, auxiliando na conduta personalizada dos pacientes.


Procure o seu médico ou nutricionista e converse sobre como estes exames podem ajudar a cuidar da sua saúde de forma mais precisa.


Ficou com alguma dúvida? Nossa equipe está aqui para ajudar! Entre em contato conosco e receba a ajuda que precisa.



 

Referências:

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Duncan, S.H., Hold, G.L., Harmsen, H.J.M., Stewart, C.S., Flint, H.J. Growth requirements and fermentation products of Fusobacterium prausnitzii, and a proposal to reclassify it as Faecalibacterium prausnitzii gen. nov., comb. nov. Int. J. Syst. Evol. Microbiol. 2002 Nov; 52(6):2141-2150. PMID: 12508881

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